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BAIÃO: à espera do novo ano
Ana Isabel Monteiro · quinta, 3 de janeiro de 2013 · Continuado Em família festeja-se a chegada de mais um ano, esquecendo-se os problemas com a esperança de um ano melhor. |
Foto cedida pelo bar " O Lareira", noite de passagem de ano. |
21950 visitas Depois do Natal, chega um dos dias mais esperados do ano. No concelho de Baião, Porto, a festa da passagem de ano é feita em família. Na noite de 31 de Dezembro, as famílias reúnem-se para um jantar composto pelas batatas cozidas, tronchuda e bacalhau cozido ou assado, consoante os gostos. Os doces, chamados “doces de Natal”, não faltam à mesa e vão fazendo a delícia dos que contam os minutos até à meia-noite. Entre os jogos de cartas, jogos de tabuleiro, músicas e conversas, miúdos e graúdos esperam a chegada de um novo ano. Em Baião é tradição que seja o toque da sirene dos Bombeiros a assinalar o começo de um novo ano. Seguem-se os foguetes que estoiram no céu para alegria dos que celebram a chegada deste novo ano. À meia-noite sobe-se para cima de um banco e brinda-se ao novo ano, comendo-se as 12 passas e pedindo os respetivos desejos. Após as 12 badaladas, osas mais jovens saem de suas casas e vão ter com amigos e conhecidos a bares, discotecas, cafés fazendo com que todas as maneiras sejam boas para celebrar a entrada no novo ano. “Apesar da crise, o desejo de um ano melhor fala mais alto”, como afirma o jovem de Baião, Lídio Ribeiro. Depois de uma noite em que os problemas são esquecidos e a esperança no novo ano é festejada, em Baião celebra-se o primeiro dia do ano. A tradição dita que a população vá à missa rezar para um ano melhor do que aquele que acabou. Segue-se o almoço em família: a ementa é o prato tradicional de Baião, anho assado com arroz do forno e o verde, ou então as sobras da hortaliça, do bacalhau e das batatas que são usadas para fazer o típico farrapo velho. As sobremesas são aletria, filhoses, o bolo-rei, as rabanadas. |